terça-feira, 4 de outubro de 2011

Causas e Conceitos da infertilidade masculina

 

A infertilidade afeta aproximadamente 1 em cada 5 casais. As causas da infertilidade podem estar ligadas a problemas masculinos (40%), femininos (40%) ou a uma combinação de ambos (15%), nos outros 5% dos casos não há causas aparentes para o problema. De qualquer modo, antes dar início ao tratamento são necessários alguns exames básicos.


Para que se faça um diagnóstico preciso da causa da infertilidade é necessário uma avaliação clínica e laboratorial do casal. Portanto, antes de mais nada, a investigação do casal.


Infertilidade Masculina


O espermograma é um exame de grande importância na avaliação do homem infértil e deve se solicitado logo no início. Em caso de alteração espermática, a rotina é pedir pelo menos dois testes com intervalo de três meses, isto porque, este é o período, aproximadamente, necessário para o nascimento de uma nova família de espermatozóides. Em alguns casos um fator ambiental ou medicamentoso poderá estar alterando temporariamente a qualidade do sêmen.


É de grande importância afastar uma provável infecção espermática e até mesmo uma prostatite.

 


Análise do sêmen


I. Espermograma (OMS - 1992)

 

Concentração: ³ 20 milhões de espermatozóide/ml.

Motilidade: > de 50% de espermatozóides móveis ( grau A + B)

Grau A: linear rápido (> 25%)

Grau B: linear lento

Grau C: móvel não progressivo (movimento circular)

Grau D: imóveis


Morfologia: Assim como a motilidade progressiva rápida, a morfologia normal é um parâmetro indicador da capacidade fecundante do espermatozóide.


Segundo a morfologia estrita, preconizada por Kruger & al (1988) um sêmen fértil
deverá apresentar pelo menos 14% de espermatozóides normais (ovais).

Vitalidade (teste da eosina-nigrosina): > de 50% de espermatozóides vivos.

 


II. Exames complementares


Peroxidase ( P.A.S ): < 1 milhão de células redondas P.A.S positivas por mililitro de
sêmen. Mais de 1 milhão/ml é sinal de infecção aguda.


Swelling Test (teste de hiposmolaridade): Utilizado para avaliar a integridade da membrana espermática. Normal: > 50% de espermatozóides inchados.


Teste de anticorpo anti-espermatozóides (MarScreen): utilizado para análise da presença de anticorpos anti-espermatozóides.


Valores de referência: 0 a 10%: negativo

11 a 30%: duvidoso

> 30%: positivo


Capacitação espermática: Esta técnica torna o espermatozóide apto a fertilizar, após um processo de lavagem e migração ascendente ou descendente.


Teste de Kremer: para avaliar a capacidade de penetração espermática no muco cervical.


Teste de penetração espermática ou "teste de Alexander": Avalia a capacidade dos espermatozóides de penetrar no muco cervical.


III. Para evidenciar uma provável infecção espermática:


Espermocultura e antibiograma.

Pesquisa de Chlamydia e Mycoplasma no sêmen e na uretra.

Cultura seriada de Stamey: na suspeita de prostatite


IV. Dosagens bioquímicas: Entre outras, a dosagem da frutose pode afastar uma possível obstrução presente nos casos de hipospermia.


Causas mais comuns da infertilidade masculina


Produção ou excreção inadequada do espermatozóide
Infecção espermática
Anticorpos anti-espermatozóides
Varicocele
Obstrução do trato genital
Criptorquidia (falha na descida dos testículos)
Distúrbios do canal da ejaculação
Alterações hormonais
Anomalias genéticas


Conceitos


1.Aspermia: ausência de sêmen.
2.Hipospermia: menos de 2 ml de ejaculado.
3.Hiperespermia: mais de 5 ml de ejaculado.
4.Azoospermia: ausência de espermatozóides.
5.Oligozoospermia: moderada (entre 10 e 20 milhões/ml). Severa (<10 milhões/ml).
6.Polizoospermia: mais de 250 milhões de espermatozóides/ml
7.Astenospermia: menos de 30% de espermatozóides progressivos rápidos
8.Teratozoospermia: mais de 50% de espermatozóide anormais.
9.Necrospermia: todos os espermatozóides mortos.


Infertilidade feminina


Na avaliação da infertilidade feminina é necessário uma investigação clínica detalhada e em casos de distúrbios ovulatórios, dosagens hormonais devem ser solicitadas para afastar alterações endócrinas. A causa endócrina, pode estar relacionada a falência ovariana precoce, hiperandrogenismo, hipotireoidismo, ou causa central hipotálamo-hipofisária.


É de fundamental importância a investigação do fator canalicular (tubo-peritoneal, corporal e cervico vaginal) já que este sistema desempenha as funções de captação, transporte e nutrição dos gametas e do ovo.


 


Fonte: Saúde e vida online

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