segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Câncer de próstata atinge obesos com mais agressividade


Homens obesos diagnósticados com câncer de próstata podem aumentar suas chances de sobreviver se perderem peso, avaliam especialistas envolvidos em duas pesquisas realizadas nos Estados Unidos.


A descoberta dos dois estudos, realizados em cerca de 4 mil homens, é que o câncer na próstata atinge homens obesos de maneira muito mais agressiva.
A doença também é mais propensa a voltar nos indivíduos acima do peso.

Os estudos foram publicados na revista científica Journal of Clinical Oncology.

Na primeira pesquisa, Christopher Amling, do Centro Médico da Marinha em San Diego, na Califórnia, examinou dados de 3.162 homens com câncer na próstata. Desses, 19% eram obesos.

A pesquisa mostrou que os homens obesos apresentavam formas mais agressivas de tumores e maior índices de reincidência.

No segundo estudo, cientistas da Universidade de Baltimore examinaram dados de 1.106 homens, 22% dos quais eram obesos.

Os obesos também correm 60% mais riscos de reincidência, segundo os pesquisadores.

Segundo os cientistas, os homens obesos apresentam níveis mais baixos do hormônio masculino testosterona e índices mais elevados do hormônio feminino estrogênio, previamente associado ao desenvolvimento de vários tipos de câncer.

"A função primária da obesidade no câncer de próstata ainda não é claramente definida, mas esperamos avaliá-la mais. Eu aconselharia os pacientes a se manterem dentro de um peso limite diante da possibilidade de desenvolverem tumores mais agressivos", disse Amling.


Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Homens saudáveis podem prescindir do PSA para câncer de próstata


Homens saudáveis não precisam fazer o exame de sangue conhecido com PSA para detectar o câncer de próstata, recomendou um grupo de trabalho formado por especialistas em saúde do governo americano, em um relatório divulgado esta sexta-feira. "A baixa especificidade do exame PSA, junto com sua incapacidade para distinguir os tumores benignos dos agressivos, fazem com que haja um diagnóstico excessivo de câncer de próstata em um número considerável de homens", explicou o Grupo de Trabalho de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (US Preventive Services Task Force).

Com base nos resultados de cinco testes clínicos, a recomendação para prescindir do exame PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês) - que mede o nível desta proteína no sangue - se aplica a homens saudáveis de todas as idades sem sintomas suspeitos. "O principal risco é o de diagnóstico e tratamento excessivos. A maioria dos cânceres que detectamos não é de cânceres que chegam a causar danos", disse o co-presidente do grupo de trabalho, Mike LeFevre. "A grande maioria dos cânceres não precisa ser tratada e, no entanto, 90% dos homens diagnosticados com base no PSA aqui nos Estados Unidos acabam recebendo tratamento e os riscos do tratamento são importantes", acrescentou.

O grupo de trabalho também não encontrou evidências de que outras formas de detecção do câncer de próstata, como a ecografia ou o exame retal digital, sejam eficazes. Os especialistas não estudaram se o exame beneficiou os homens já tratados da doença ou que apresentam sintomas suspeitos.

Um milhão de homens que fizeram exame de PSA e que de outra forma não teriam sido tratados foram submetidos a cirurgia, radioterapia ou a uma combinação das duas entre 1986 e 2005, segundo os especialistas do painel. O grupo de trabalho destacou que a evidência sugere que até cinco de cada 1.000 homens morrem no mês seguinte de fazer esta cirurgia e que de 10 a 70 de cada 1.000 homens sofrem graves complicações. "A radioterapia e a cirurgia geram efeitos adversos", acrescentou o grupo de trabalho, e destacou que de 200 a 300 em cada 1.000 homens tratados com estas terapias sofrem de incontinência urinária ou impotência.

Calcula-se que 217.730 homens nos Estados Unidos tenham sido diagnosticados com câncer de próstata e que 32.050 tenham morrido no ano passado desta que é a segunda forma mais comum de câncer nos homens depois do câncer de pele.


Fonte: Ciência e Saúde

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Os perigos do uso dos Anabolizantes


Na década de oitenta, o culto ao físico com a exigência de corpos musculosos combate ao biótipo do chamado gordinho ou rechonchuda; a procura de corpos esculturais, considerados os malhados e sarados, o padrão de beleza tipo Stalone e muitos outros, valorizou mais a estética visual do que o conteúdo.

Com isso aconteceu o chamado boom das academias de ginásticas, o culto às super alimentações, muitas delas sem nenhuma base científica. Jovens e atletas com intuito de melhorar seus resultados ou sua estética passaram a utilizar várias substâncias com efeito anabolizante na tentativa de melhores resultados em pequeno espaço de tempo.

De acordo o médico, especialista em endocrinologia e metabologia, Dr. Celso Melo dos Santos, os anabolizantes são substâncias que provocam no organismo o anabolismo. Isto é o ganho de massa muscular através da retenção de íons e água que passaram a ser utilizados em grande escala se estendendo até hoje, mesmo apesar de todas informações já fornecidas sobre suas desastrosas conseqüências.

No início, o combate era apenas do ponto de vista esportivo, visto que essas substâncias eram enquadradas como doping e, portanto, proibidas pelas autoridades esportivas. Do ponto de vista estético, a cada dia eram utilizados indiscriminadamente não só hormônios, como também, supostas “dietas” e suplementos alimentares associados aos exageros em atividades físicas, que, com o passar dos anos, mostraram seus efeitos deletérios e suas conseqüências quase sempre drásticas.

Uso & Conseqüências

Segundo o especialista, a princípio, os anabolizantes eram usados para a obtenção do estereótipo almejado, somente eram utilizados análogos de testosterona associados a dietas hiperproteícas e exercícios com peso repetidos que levavam a
hipertrofia muscular. Ultimamente, também são usados outras substâncias com intuito do anabolismo.

Os análogos de testosterona, explica o endocrinologista, são os hormônios masculinos, que através do uso contínuo provocam a retenção de líquidos e íons, e ao longo do tempo apresentam os efeitos colaterais do tipo virilização com o desenvolvimento dos caracteres sexuais masculinos em seus usuários. São eles, o crescimento de barba, acne, calvície,
hipertrofia do clitóris, engrossamento da voz e certa agressividade.

Com o intuito de aperfeiçoar seus produtos, “as indústrias laboratoriais procuram a cada dia uma substância com maior efeito anabolizante e que causem um menor efeito virilizante, ou seja, ação apenas no ganho muscular”.

O médico frisa que independentemente desses efeitos virilizantes, o uso crônico de substâncias derivadas do
hormônio masculino, salvo em portadores de deficiência desse hormônio, levam de alguma forma à impotência e infertilidade pela diminuição dos hormônios hipofisários FSH e LH (que no homem estimulam o testículo à produção de testosterona), com conseqüente atrofia testicular, muitas vezes irreversível.

Além disso, pode provocar o
câncer de próstata, de fígado e ósseo; a rigidez muscular que normalmente provoca fraturas espontâneas; as lesões articulares, musculares e de tendão, entre outros.

Essas conseqüências passam a aparecer com maior freqüência, visto que, o uso do
hormônio masculino, para se obter os resultados almejados deve ser utilizado em ciclos crônicos e contínuos, pois seus efeitos são efêmeros e fulgazes. Por outro lado, o médico acrescenta ainda que a interrupção no uso provoca a perda do volume muscular adquirido.

Hormônio do Crescimento

Dr. Celso Melo dos Santos acrescenta ainda que outras substâncias muito usadas hoje como anabolizantes são os HGH (hormônio do crescimento),
hormônio que é produzido no ser humano pela hipófise que leva ao desenvolvimento da estatura de uma pessoa saudável.

Não possuindo unanimidade consensual em seu uso por pessoas que não apresentam deficiência do mesmo, o médico alerta que eles podem levar ao aumento da glicose, ocasionando a
diabetes mellitus secundária, crescimento de partes moles (mandíbula, pés, mãos, etc.), hipertensão arterial e problemas cardíacos, muitas vezes irreversíveis devido ao aumento do coração.

Outro produto muito usado pelos cultuadores do corpo, segundo o médico é a
insulina que é o hormônio produzido pelo pâncreas que leva a glicose do sangue para o interior das células. Seu uso pode levar a hipoglicemia durante exercício físico, com casos de acidentes fatais. Além disso, pode acontecer ainda o desenvolvimento de anticorpos que vão agir contra a insulina produzida pelo corpo, a insulina endógena, podendo levar seu usuário a desenvolver diabetes futuramente pela inatividade desse hormônio, como também, o aumento da arteriosclerose.

Alerta: Você pode estar correndo riscos

Segundo o especialista, a irresponsabilidade no uso de substâncias anabolizantes chega ao absurdo de algumas pessoas buscarem medicações e substâncias de uso veterinário sem o menor estudo em seres humanos.

Nas academias, o uso de suplementos alimentares com abuso de derivados protéicos, como por exemplo, a creatina, compostos vitamínicos, composto de aminoácidos, etc. Podem provocar uma sobrecarga renal devido ao fato dos aminoácidos serem excretados pelos rins. Estudos mostram que uma dieta saudável não deve ultrapassar 1 grama por quilo de peso de proteína - um bife de 100 gramas não tem 100 gramas de proteína, explica.

Outras práticas inadequadas são as dietas com baixo uso de carboidratos, dietas hiperproteícas e hipocalóricas com restrições menores de 1000 calorias diárias, substâncias termogênicas que supostamente aumentariam o
metabolismo basal com aumento do gasto calórico e todo tipo de miscelânea e absurdos, sem nenhum embasamento científico, que pode levar a doenças graves como, por exemplo, a anemia, hipovitaminose (falta de vitaminas), desnutrição protéica calórica e suas conseqüências.


Para o médico, o que mais preocupa é o fato de o público alvo desses tratamentos - se é que podem ser assim denominados - são jovens e adolescentes com futuro pela frente e que pela pouca falta de vivência ou por se acharem imortais – um fenômeno típico da idade, não se importam com os riscos desde que seja atingido o resultado estético procurado.


Portanto, o que se espera das autoridades é o controle mais rígido, o combate à venda de medicações sem receita médica e a divulgação das conseqüências do uso e prática desses “absurdos”, a fim de conscientizar a população dos riscos e com isso diminuir as conseqüências quase sempre fatais, finaliza o especialista.


Fonte: Boa Saúde

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Saúde do Homem: Hábitos Saudáveis diminuem a chances de câncer


Apesar de os homens estarem cada vez mais cuidadosos com a saúde e com a aparência, eles ainda são menos preocupados em manter hábitos saudáveis, que comprovadamente são essenciais na prevenção de doenças.


A ingestão constante de bebida alcoólica e o uso de cigarro os principais fatores que levam homens a terem câncer de boca, estômago e pulmão. As concentrações de álcool e tabaco estimulam alterações no organismo e aceleram a formação de células cancerígenas, são responsáveis por aumentar lesões internas e externas no corpo, além de causar a formação de tumores malignos. Evitar esse tipo de hábito é a melhor forma de se prevenir contra o desenvolvimento do câncer.

O que ajuda a evitar o problema

Alimentação saudável rica em frutas e legumes e controle no consumo do álcool são atitudes que podem evitar o câncer de estômago que, segundo Inca, é o colocado na lista de incidências de mortalidade masculina, na região Sudeste do Brasil. Pessoas com gastrite crônica, anemia perniciosa ou pólipos gástricos, adquiridas ao longo da vida estão mais propensas a terem a doença.

A importância do diagnóstico precoce

Consultas periódicas a especialistas são fundamentais para diagnosticar eventuais problemas bem no início. Começando o tratamento cedo, as chances de cura sempre são maiores! Cuide da sua saúde!

Fonte: São Bernardo Saúde

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Casamento Feliz pode evitar derrame em homens


Para os homens, um casamento feliz pode trazer mais do que alegria e satisfação: ele pode ser bom para a saúde. É isso que sugere um estudo realizado pela Universidade de Tel Aviv, que aponta que, se você é homem, o matrimônio pode ajudar a diminuir os riscos de derrame - isso se ele for bem conduzido, é claro.


Para o estudo, apresentado na Conferência Internacional da Sociedade Americana de Derrame, os pesquisadores analisaram questionários preenchidos na década de 1960 por funcionários públicos israelenses. Aos cerca de 10.000 participantes israelenses, que tinham em torno de 49 anos, foi pedido que classificassem seus casamentos.


Durantes os seguintes 34 anos, os pesquisadores rastrearam quais participantes morreram vítimas de derrame e depois compararam os questionários. Após levarem em conta fatores como a pressão alta, o tabaco e as condições socioeconômicas de cada um, os pesquisadores estabeleceram uma relação entre o casamento e o derrame.


De acordo com os resultados apresentados, os homens solteiros apresentam risco 64% maior de derrame quando comparados aos homens casados. No entanto, os pesquisadores descobriram que homens com um casamento infeliz também correm perigo. Em relação aos homens com um casamento feliz, eles têm 64% mais riscos de um derrame.


Estudos anteriores já sugeriam que as emoções e a qualidade das relações humanas podem impactar na saúde. Segundo cientistas, relacionamentos estressantes podem aumentar o risco de doenças cardíacas enquanto a felicidade pode evitar esses mesmos males.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Obesidade em homens é um alerta para distúrbios urológicos


Pesquisas recentes comprovam que o desenvolvimento de problemas de ereção, falta de libido e infertilidade masculina está intimamente ligado ao aumento dos níveis de sobrepeso mundiais - De acordo com um levantamento IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 50% da população com mais de 20 anos está acima do peso, sendo que quase 17% das mulheres e 12,5% dos homens são obesos.


Os malefícios do sobrepeso são amplamente divulgados, porém, poucas pessoas sabem que esse transtorno pode levar à infertilidade e a uma série de disfunções urológicas, incluindo a impotência.


Especificamente no caso dos homens, a produção de testosterona, hormônio responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas, além da normalidade das funções e do desempenho sexual, cai drasticamente.


Segundo o urologista André Guilherme Cavalcanti, membro da Sociedade Brasileira de Urologia e chefe do serviço dessa especialidade no Hospital Municipal Souza Aguiar, o obeso produz mais hormônios do que uma pessoa de peso regular, o que pode levar a transtornos em seu sistema reprodutivo.

Porém, a questão mais drástica está ligada especificamente à destinação desse hormônio e à forma como ele age no organismo masculino:

- A produção de testosterona é realizada por células especializadas e presentes nos testículos, mas o estímulo para essa produção vem de outros hormônios, provenientes da glândula hipófise, conforme as demandas particulares do organismo diante das diversas situações e momentos da sua vida de cada pessoa.


Normalmente, uma pequena parte da testosterona é transformada em um hormônio feminino chamado estradiaol, mas, quando um homem está obeso, algumas enzimas atuam de forma a aumentar essa produção, o que pode causar desordem nos processos de estimulação para a formação de espermatozóides, diminuição da libido masculina e, até mesmo, dificuldade de ereção.


Números de uma pesquisa apresentada em janeiro no congresso da Sociedade Européia de Reprodução Humana reforçam a afirmação do especialista. Segundo as análises, homens obesos produzem cerca de 8 milhões de espermatozóides a menos do os com peso regular.


Além disso, outro estudo apresentado no encontro, realizado pela Universidade de Catania, na Itália, apontou que os homens com sobrepeso produzem espermatozóides de pior qualidade, mais lentos e com anomalias de morfológicas, interferindo em sua capacidade de penetração e fecundação do óvulo feminino.


As dificuldades para gerar filhos têm relação direta com o aumento alarmante da obesidade no mundo todo e, em cerca de 42% dos casos, há fatores masculinos envolvidos nos problemas de infertilidade dos casais. Estudos recentes realizados pela Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, indicam que, em cada cinco homens saudáveis com idade entre 18 e 25 anos, apenas um produz uma quantidade de espermatozóides normal e desejável, de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).


O homem tem um papel fundamental no processo reprodutivo e, hoje, 15% da população masculina mundial é infértil, taxa que já vem superando a feminina”, analisa Cavalcanti, que também é diretor do Centro de Fertilidade Rede D’Or e do Centro Integrado de Saúde do Homem, ambos no Rio de Janeiro.


Quando relacionada à impotência, a obesidade também é responsável por resultados catastróficos, especialmente nos casos em que está ligada ao excesso de gordura abdominal. Segundo um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Saúde Pública Harvard, nos Estados Unidos, que analisaram 22 mil homens de 40 a 75 anos, o risco médio do surgimento de problemas de ereção nos obesos e sedentários é 2,5 vezes maior do que naqueles que mantém uma rotina de atividades físicas e uma circunferência abdominal dentro dos padrões considerados saudáveis pela OMS.


Também foi verificado que a prática de 30 minutos diários de exercícios físicos vigorosos tem forte relação com a diminuição do distúrbio, após seu surgimento. Dr. André Cavalcanti explica que o risco do desenvolvimento de disfunções eréteis está relacionado intimamente com o de doenças cardiovasculares.


“Todo tipo de atitude que é benéfica para o coração é igualmente positiva para a atividade sexual. Por isso, bons hábitos alimentares e a prática de atividades físicas devem ser preocupações constantes do homem, principalmente para aqueles que querem manter uma vida sexual satisfatória durante todos os anos de sua vida. Uma dieta rica em vegetais e alimentos antioxidantes e pobre em carboidratos e gordura animal é altamente recomendada e deve estar sempre acompanhada de avaliações médicas regulares, em todas as fases da vida masculina”, conclui o especialista.

Fonte: itodas.com

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Causas e Conceitos da infertilidade masculina

 

A infertilidade afeta aproximadamente 1 em cada 5 casais. As causas da infertilidade podem estar ligadas a problemas masculinos (40%), femininos (40%) ou a uma combinação de ambos (15%), nos outros 5% dos casos não há causas aparentes para o problema. De qualquer modo, antes dar início ao tratamento são necessários alguns exames básicos.


Para que se faça um diagnóstico preciso da causa da infertilidade é necessário uma avaliação clínica e laboratorial do casal. Portanto, antes de mais nada, a investigação do casal.


Infertilidade Masculina


O espermograma é um exame de grande importância na avaliação do homem infértil e deve se solicitado logo no início. Em caso de alteração espermática, a rotina é pedir pelo menos dois testes com intervalo de três meses, isto porque, este é o período, aproximadamente, necessário para o nascimento de uma nova família de espermatozóides. Em alguns casos um fator ambiental ou medicamentoso poderá estar alterando temporariamente a qualidade do sêmen.


É de grande importância afastar uma provável infecção espermática e até mesmo uma prostatite.

 


Análise do sêmen


I. Espermograma (OMS - 1992)

 

Concentração: ³ 20 milhões de espermatozóide/ml.

Motilidade: > de 50% de espermatozóides móveis ( grau A + B)

Grau A: linear rápido (> 25%)

Grau B: linear lento

Grau C: móvel não progressivo (movimento circular)

Grau D: imóveis


Morfologia: Assim como a motilidade progressiva rápida, a morfologia normal é um parâmetro indicador da capacidade fecundante do espermatozóide.


Segundo a morfologia estrita, preconizada por Kruger & al (1988) um sêmen fértil
deverá apresentar pelo menos 14% de espermatozóides normais (ovais).

Vitalidade (teste da eosina-nigrosina): > de 50% de espermatozóides vivos.

 


II. Exames complementares


Peroxidase ( P.A.S ): < 1 milhão de células redondas P.A.S positivas por mililitro de
sêmen. Mais de 1 milhão/ml é sinal de infecção aguda.


Swelling Test (teste de hiposmolaridade): Utilizado para avaliar a integridade da membrana espermática. Normal: > 50% de espermatozóides inchados.


Teste de anticorpo anti-espermatozóides (MarScreen): utilizado para análise da presença de anticorpos anti-espermatozóides.


Valores de referência: 0 a 10%: negativo

11 a 30%: duvidoso

> 30%: positivo


Capacitação espermática: Esta técnica torna o espermatozóide apto a fertilizar, após um processo de lavagem e migração ascendente ou descendente.


Teste de Kremer: para avaliar a capacidade de penetração espermática no muco cervical.


Teste de penetração espermática ou "teste de Alexander": Avalia a capacidade dos espermatozóides de penetrar no muco cervical.


III. Para evidenciar uma provável infecção espermática:


Espermocultura e antibiograma.

Pesquisa de Chlamydia e Mycoplasma no sêmen e na uretra.

Cultura seriada de Stamey: na suspeita de prostatite


IV. Dosagens bioquímicas: Entre outras, a dosagem da frutose pode afastar uma possível obstrução presente nos casos de hipospermia.


Causas mais comuns da infertilidade masculina


Produção ou excreção inadequada do espermatozóide
Infecção espermática
Anticorpos anti-espermatozóides
Varicocele
Obstrução do trato genital
Criptorquidia (falha na descida dos testículos)
Distúrbios do canal da ejaculação
Alterações hormonais
Anomalias genéticas


Conceitos


1.Aspermia: ausência de sêmen.
2.Hipospermia: menos de 2 ml de ejaculado.
3.Hiperespermia: mais de 5 ml de ejaculado.
4.Azoospermia: ausência de espermatozóides.
5.Oligozoospermia: moderada (entre 10 e 20 milhões/ml). Severa (<10 milhões/ml).
6.Polizoospermia: mais de 250 milhões de espermatozóides/ml
7.Astenospermia: menos de 30% de espermatozóides progressivos rápidos
8.Teratozoospermia: mais de 50% de espermatozóide anormais.
9.Necrospermia: todos os espermatozóides mortos.


Infertilidade feminina


Na avaliação da infertilidade feminina é necessário uma investigação clínica detalhada e em casos de distúrbios ovulatórios, dosagens hormonais devem ser solicitadas para afastar alterações endócrinas. A causa endócrina, pode estar relacionada a falência ovariana precoce, hiperandrogenismo, hipotireoidismo, ou causa central hipotálamo-hipofisária.


É de fundamental importância a investigação do fator canalicular (tubo-peritoneal, corporal e cervico vaginal) já que este sistema desempenha as funções de captação, transporte e nutrição dos gametas e do ovo.


 


Fonte: Saúde e vida online