segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Quimioembolização Hepática

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Os tumores de fígado têm como etiologias principais a cirrose causada por álcool ou a contaminação por Vírus B e C.

A Radiologia Intervencionista tem atualmente um papel fundamental quando discutimos os tumores de fígado. Esses tumores são preferencialmente nutridos pela artéria hepática. Como o fígado é nutrido preferencialmente pela veia Porta podemos embolizar ("entupir") a artéria hepática sem prejuízo para o resto do órgão. 

O objetivo da quimioembolização é, não só cortar o suprimento de sangue do tumor, como também envenená-lo com quimioterápicos. O resultado é uma diminuição do tamanho do tumor e de sua velocidade de crescimento, possibilitando ao doente aguardar a fila do transplante ou mesmo ser submetido à retirada do tumor. 72% dos pacientes submetidos quimioembolização sobrevivem por 1 ano e mais de 60% por 2 anos.

Além disso a quimioembolização hepática tem como objetivo aumentar a perspectiva de vida e melhorar sua qualidade naqueles pacientes em que a quimioterapia convencional não apresentou resultados satisfatórios e não há indicação cirúrgica.

Qual o objetivo da quimioembolização?
  • Diminuindo-se o fluxo de oxigênio e nutrientes para o tumor, ocorre a sua necrose.
  • A injeção de drogas quimioterápicas diretamente nos vasos que irrigam o tumor, aumentam as suas concentrações locais com menos efeitos colaterais sistêmicos.
  • Maior tempo de ação dessas drogas localmente.
  • Maior penetração das drogas no tumor.
Quando está indicado a quimioembolização?
  • Nos pacientes com tumores pequenos que estão aguardando o transplante.
  • Nos pacientes com tumores pequenos que tem indicação cirúrgica de ressecção, como pré-operatório.
  • Nos pacientes com tumores únicos maiores que 5 cm ou  mais de 3 nódulos maiores que 3 cm.
  • Em tumores extensos que ocupem menos de 50% do volume do fígado.
Saiba mais:
http://henriqueelkis.com.br/quimioembolizacao-hepatica.asp 

Embolização de Mioma Uterino


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Especialistas falam sobre tumor que atinge metade das mulheres no Brasil.

Um tipo de tumor benigno encontrado na parede ou no colo do útero atinge milhares de mulheres de maneira silenciosa e indolor: o mioma uterino. Este tumor benigno atinge cerca de 50% das mulheres entre 30 e 50 anos. 

O tumor não cancerígeno pode apresentar tamanhos variados, que pode ser semelhante ao um grão de feijão e chegar até o tamanho de uma bola de basquete. Nos casos mais raros e severos, a mulher pode aparentar uma “falsa gravidez”, por causa da dilatação do abdômen. 

O mioma quando diagnosticado deve receber tratamento adequado para não influenciar negativamente na saúde da mulher. Para sanar as dúvidas que envolvem este tema.

1- O que é mioma? Quais os tipos? 
O mioma é um tumor não cancerígeno no útero. Tumor é qualquer coisa que cresce em local anômalo e, portanto, os miomas podem ser chamados de tumores “benignos”. A genética e os hormônios estão entre as principais causas da disfunção. O problema pode ocorrer em diferentes partes do útero e causa diversos problemas para mulher. Os miomas se dividem em três grupos: os subserosos que permanecem do lado de fora do útero, os intramurais que estão localizados na musculatura do útero, e os submucosos que estão dentro da cavidade do útero. 

2- Como eles se desenvolvem e manifestam? Quais os sintomas? Como diagnosticar? 
A causa do aparecimento dos miomas é genética e o crescimento deles se dá, na grande maioria das vezes, por ação do estrógeno, hormônio produzido no ovário da mulher em idade reprodutiva. Os sintomas são cólicas fortes, menstruação prolongada ou sangramento irregular. Quanto ao diagnóstico, ele é realizado através de exames de imagem como o ultrassom e a ressonância magnética. 

3- Quais os tratamentos mais indicados? Tudo dependerá do tamanho e localização do mioma. Mas, em geral, o tratamento é cirúrgico. 

4- Em quais casos é recomendado o procedimento cirúrgico? Em casos de miomas submucosos (dentro do útero), sempre se recomenda a retirada do mioma por histeroscopia (uma cirurgia na qual colocamos uma câmera de vídeo por dentro do útero, sem cortes externos). No caso dos demais miomas (intra-murais e subserosos), a cirurgia estará reservada aos casos com muitos sintomas ou em miomas de grande volume. 

5- Há tratamentos que “secam” o mioma? Como atuam sobre esse tumor? 
As medicações que diminuem o tamanho do mioma podem ser usadas, mas sempre antes de um procedimento cirúrgico, para diminuir o nódulo e ajudar na cirurgia. 
Além das medicações (que induzem a um estado semelhante a uma menopausa), outro tratamento é a embolização dos miomas, cujo um cateter é colocado até a artéria que irriga o mioma onde é realizada uma embolização daquele vaso, ou seja, é interrompido o fluxo de sangue para o mioma e com isso há redução do tumor, evitando a cirurgia em alguns casos. No entanto, este tratamento é indicado principalmente para mulheres com contra-indicações cirúrgicas ou que já tiveram filhos e não desejam mais ter filhos. 

6- Toda mulher pode desenvolver mioma? 
Sim. Após os 50 anos de idade a chance de ter um mioma é de 50% entre as mulheres. 

7- Independente do tipo de mioma, ele pode virar um câncer? A chance de virar um leiomiossarcoma (o tumor maligno) é de 0,3 a 0,5%. 

8- Este tipo de tumor pode interferir na fertilidade? 
Pode, dependendo da localização. Nesses casos, quando forem submucosos ou intramurais de grande volume ou localizados perto das trompas, devem ser operados. 

9- Há algum tratamento preventivo? O aparecimento dos miomas pode ter origem genética? 
Infelizmente não existe nenhum tratamento preventivo. A transmissão é genética. 

10- Quando e por que o mioma pode levar à retirada do útero? 
Atualmente, somente se retira o útero em mulheres que já não pretendem mais ter filhos e com miomas de grande volume ou muito sintomáticos. Por exemplo, mulheres com úteros aumentados semelhantes a gestações de 5 meses para cima tem indicação para a retirada do útero. 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Infertilidade masculina pode ser evitada



O estilo de vida e os hábitos inadequados incluem drogas e outras substâncias prejudiciais à formação dos espermatozóides. Os fatores iatrogênicos são causados pelos próprios tratamentos médicos como as vasectomias, hérnias ou o uso de certas substâncias.

 Os riscos para a infertilidade masculina podem ser divididos em quatro categorias, fator testicular, estilo de vida e hábitos inadequados, fatores iatrogênicos e fatores da relação sexual, e todos eles prejudicam de alguma forma a fertilidade do homem, que na maioria das vezes estarão refletidos no sêmen através do espermograma, exame que analisa particularmente a concentração dos espermatozóides.

Muitas pessoas não sabem que, geralmente, a infertilidade pode ser evitada, "da mesma forma que outras doenças como doenças cardiovasculares, câncer entre outras". "A forma como as pessoas agem antes de estarem prontas para ter um filho pode interferir na sua capacidade de conceber".

Fatores testiculares como: criptorquia ou testículos que não desceram; torsão de testículos; varicocele; infecções do trato genital tanto de próstata, epidídimo ou testículo além de hábitos inadequados, drogas recreativas como cigarro, bebida alcoólica e maconha põe em risco a fertilidade masculina. Estudos têm demonstrado que fumar mais do que 20 cigarros por dia leva a alterações de concentração e da motilidade dos espermatozóides. O mesmo ocorre para aqueles que fumam maconha ou usam cocaína. O álcool em excesso está associado à diminuição das testosteronas e diminuição do volume do sêmen.

Há também medicamentos para o tratamento de algumas doenças que podem influenciar negativamente a fertilidade masculina, como por exemplo: a quimioterapia e radioterapia, por isto, homens que não tem filhos devem ser alertados sobre os bancos de sêmen ou biópsia testicular seguida de congelamento como opções para preservação da fertilidade; as toxinas do meio ambiente como os solventes, pesticidas e alguns metais como o magnésio e o chumbo e doenças ocupacionais além de exposições ao calor que ocorre em algumas profissões; os efeitos tóxicos geralmente são reversíveis assim que a ação do produto é descontinuada.

Fonte: Uol

sábado, 5 de maio de 2012

Infertilidade Masculina


A infertilidade masculina é definida como a incapacidade de engravidar a parceira após 1 ano (12 ciclos menstruais) de relações sexuais frequentes, não protegidas, ou seja, sem uso de qualquer método contraceptivo. Não confundir com esterilidade, que é definida como a incapacidade definitiva de engravidar a parceira.


Cerca de 15% dos casais são inférteis. O fator masculino contribui, isoladamente, em 30% dos casos. Uma combinação de fatores masculino e feminino existe em 20% dos casos. Portanto, o fator masculino contribui para a falência reprodutiva em 50% dos casais inférteis.
Muitos fatores influenciam a fertilidade de um casal: idade do homem, idade da mulher, frequência e técnica do coito, uso de lubrificantes vaginais, passado de doenças sexualmente transmissíveis, exposição a produtos tóxicos ambientais ou a certos medicamentos, coexistência de algumas doenças, várias causas específicas de infertilidade e outras tantas desconhecidas.


Antes de prosseguirmos, uma breve explicação da função reprodutora masculina: hormônios produzidos por uma região do cérebro (hipotálamo), estimulam uma glândula na base cerebral (hipófise), que por sua vez, estimula os testículos a produzirem o hormônio masculino testosterona que estimula e regula as células germinativas a produzirem espermatozóides. Estes são armazenados e amadurecidos nos epidídimos (estruturas contíguas, anexas aos testículos).    


Dos epidídimos, os espermatozóides são conduzidos por dois longos e delgados condutos, os ductos deferentes (um de cada lado) até as vesículas seminais, onde são misturados com sua secreção e desembocam na próstata, onde também se misturam com sua secreção. Neste ponto, os espermatozóides mais a secreção das vesículas seminais mais a secreção prostática formam o sémen que, antes de se exteriorizar com a ejaculação, ainda recebe uma pequena contribuição das secreções da uretra.


Portanto, várias enfermidades ou condições que acometem desde o cérebro até a uretra, podem ser responsáveis pelo comprometimento da fertilidade masculina. Qualquer fator responsável por alterações que dificultem ou impeçam a produção adequada das células germinativas, tem como consequência uma diminuição ou abolição da capacidade fértil.
Eis uma divisão didática para as principais causas de infertilidade masculina:


1- Enfermidades do hipotálamo e hipófise
Quaisquer enfermidades ou condições clínicas, tanto congênitas quanto adquiridas, que atinjam o hipotálamo e/ou a hipófise, poderão comprometer a secreção normal dos seus hormônios, que, consequentemente, afetarão adversamente a função testicular. Portanto, no âmbito do hipotálamo/hipófise, doenças de origem genética, tumores, mal formações, inflamações, degenerações, traumatismos externos ou cirúrgicos, aneurismas, infartos, excesso de androgênios (hormônios masculinos) por uso de anabolizantes ou administrados terapêuticamente, doenças sistêmicas como diabetes, hipotiroidismo ou obesidade severa, desencadearão uma condição clínica chamada hipogonadismo, ou seja, função testicular diminuída ou abolida.


2- Enfermidades primárias dos testículos
Enfermidades primárias dos testículos são responsáveis por cerca de 35% das causas de ausência de espermatozóides no ejaculado ou alteração importante da qualidade do sêmen. Vários são os fatores responsáveis:


A) Síndrome de Klinefelter, uma anomalia congênita, com repercussões na esfera testicular, em que o cromossomo sexual é defeituoso.


B) Criptorquidia, outra anomalia congênita, em que um ou ambos os testículos não migram para a bolsa escrotal, permanecem aprisionados em algum lugar da cavidade abdominal, durante o desenvolvimento fetal. Os testículos não-descidos possuem alterações que dificultam ou impedem a produção adequada das células germinativas, os espermatozóides.


C) Varicocele, uma enfermidade das veias do escroto. Nada mais que varizes escrotais, ou seja, dilatações venosas que dificultam o retorno do sangue, fazendo com que este fique acumulado nas veias escrotais, dificultando o resfriamento testicular, já que as veias varicosas, ao permitirem o acúmulo sanguíneo, aumentam a temperatura testicular, o que é prejudicial à formação dos espermatozóides. Varicoceles costumam ocorrer na puberdade e são muito mais comuns do lado esquerdo. Nem todos que possuem varicoceles são inférteis, embora a varicocele seja a causa tratável mais comum de infertilidade.


D) Defeitos do cromossomo Y, ou seja, alterações da forma e constituição deste cromossomo sexual. Enfermidade detectada apenas em sofisticados testes de laboratório, acomete cerca de 20% dos homens inférteis. O defeitos do cromossomo Y provocam alterações que dificultam ou impedem a produção adequada das células germinativas.


E) Orquites virais, são infecções secundárias dos testículos, geralmente após um foco à distância. Um dos mais comuns é a parotidite (caxumba). Dos homens acometidos de caxumba, cerca de 20% desenvolvem orquite, de um ou ambos os lados. Destes, alguns terão como conseqüência a destruição das células germinativas, incapacitando a produção futura de espermatozóides.


F) Orquiepididimites, infecções dos testículos e epidídimos, em conseqüência de doenças sexualmente transmissíveis, geralmente causadas por bactérias, dentre elas, a Chlamydia e o gonococo (gonorréia). Estas infecções poderão destruir as células germinativas ou obstruir os epidídimos.


G) Intoxicação ou uso crônico de algumas substâncias como maconha, cetoconazol, cimetidina, antiandrogênicos, drogas antineoplásicas (quimioterapia para tumores malignos) podem ser responsáveis pela produção anormal tanto de espermatozóides quanto de testosterona pelos testículos. Exposição a agentes de contaminação ambiental como pesticidas, metais pesados etc., causam efeito semelhante.


H) Radiações ionizantes, das quais os raios X são o representante mais conhecido, podem comprometer ou impedir a produção de espermatozóides, dependendo da dose a que o paciente se expôs.


I) Hipertermia, ou seja, exposição prolongada dos testículos a altas temperaturas, como o que ocorre com os frequentadores de saunas ou apreciadores de banhos quentes de imersão, bem como nas varicoceles, afeta adversamente a produção dos espermatozóides.


J) Anticorpos anti-espematozóides, ou seja, anticorpos que atacam e destroem as próprias células reprodutivas, podem ocorrer espontaneamente ou como conseqüência de alguma agressão testicular.


L) Traumatismos diretos, acidentais ou cirúrgicos sobre os testículos ou epidídimos, poderão comprometer a produção dos espermatozóides, por destruição da massa testicular ou afetar a permeabilidade ou função dos epidídimos.


M) Torção do cordão espermático, ou seja uma urgência urológica de início súbito, ocorre quando o cordão espermático dá voltas sobre seu próprio eixo, estrangulando a circulação sanguínea testicular, o que provoca, se não for reparada a tempo, morte das células germinativas.


N) Enfermidades crônicas debilitantes, ou seja, uma série de doenças que afetam o organismo como um todo, podem comprometer a função testicular. Como exemplos, podemos citar a desnutrição, anemia falciforme, cirrose hepática e insuficiência renal.


3- Alterações do transporte do espermatozóide
Os epidídimos desempenham importante papel no amadurecimento e transporte dos espermatozóides. Os condutos deferentes dão prosseguimento a este transporte e conduzem os espermatozóides desde os epidídimos até a uretra, de onde são ejaculados. É óbvio que qualquer alteração nesta cadeia de eventos comprometerá a fertilidade. Vejamos:


A) Anormalidades dos epidídimos
Distúrbios da função epididimária de concentrar, amadurecer e transportar os espermatozóides, podem ocorrer devido a ausência congênita ou adquirida dos epidídimos, alterações do funcionamento normal destes ou obstrução, ocasião em que mesmo que haja produção normal de espermatozóides pelos testículos, estes ficariam retidos nos epidídimos ou não amadureceriam adequadamente, comprometendo a fertilidade.


B) Anormalidades dos ductos diferentes
A ausência congênita ou adquirida dos ductos diferentes, alterações da sua capacidade de impulsionar os espermatozóides ou sua obstrução, inclusive após vasectomia, impedirão o correto transporte dos espermatozóides até a uretra. A ejaculação resultante é pobre em ou não contém espermatozóides, apenas os fluidos da próstata e vesículas seminais.


C) Disfunções ejaculatórias
Distúrbios hormonais, diabetes, lesões dos nervos da medula ou pélvicos, cirurgias pélvicas, distúrbios da próstata, são causas conhecidas que poderão fazer com que o paciente não ejacule ou o faça em direção contrária, para dentro da bexiga, não conseguindo, portanto, depositar o esperma na vagina da parceira.
Disfunção erétil peniana, ejaculação precoce, uso de diafragmas e preservativos também são fatores contribuintes para infertilidade masculina.


4- Fatores desconhecidos
Em um número razoável de homens inférteis que apresentam baixa qualidade do sémen, apesar de exaustiva investigação, não se consegue descobrir uma causa que justifique tal condição. Além disso, existem homens que apesar de várias análises seminais normais, não conseguem engravidar uma parceira aparentemente fértil.


Portanto, como vimos, o assunto é extenso e complexo, o que requer estudos multidisciplinares para que se possa atuar com certeza, decisão e segurança para investigar e tratar adequada e satisfatoriamente uma condição que gera muita ansiedade além de ser muito frustrante para seu portador. O primeiro passo para um tratamento bem sucedido e a consequente gravidez da parceira, é o correto diagnóstico da situação. Muitas causas de infertilidade masculina podem ser corrigidas; outras, apesar da impossibilidade, poderão ser contornadas com diversos métodos disponíveis de fertilização em laboratório.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Consumo excessivo de gordura pode ameaçar fertilidade masculina, diz estudo

Homens que têm uma alimentação rica em gorduras saturadas - encontradas nas carnes - e monoinsaturadas - presente no azeite, no abacate e no amendoim - podem ter mais dificuldades em ter filhos. É o que sugere um recente estudo do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, que associa uma alta ingestão dessas gorduras à baixa qualidade do esperma, e liga o consumo de gordura poli-insaturada - dos peixes ricos em ômega-3 - a melhores medidas de fertilidade, como mobilidade e morfologia do esperma.
Avaliando a qualidade do sêmen e a ingestão de gorduras de 91 homens com idades entre 18 e 55 anos que frequentavam o Centro de Fertilidade do Hospital, os pesquisadores conseguiram demonstrar relações significativas entre a ingestão de gorduras e os parâmetros de qualidade de sêmen. De acordo com os autores, os pacientes apresentavam, geralmente, excesso de peso, e aqueles com maior consumo de gorduras saturadas e monoinsaturadas tinham uma concentração espermática significativamente menor.
“As pesquisas no campo da reprodução humana estão, cada vez mais, se voltando para o papel da nutrição sobre a qualidade do esperma. Sabemos pouco, ainda, sobre como a dieta pode afetar a fertilidade masculina, mas a literatura médica atual dá suporte à hipótese de que componentes nutricionais específicos podem afetar os parâmetros de qualidade do sêmen”, destaca o pesquisador Joji Ueno.

Entretanto, segundo os pesquisadores, os resultados ainda não permitem concluir que os homens inférteis devem alterar sua dieta, diminuindo a ingestão de carnes vermelhas e gordura. Assim, enquanto mais estudos são realizados para confirmação, os pesquisadores recomendam que as gorduras sejam consumidas em moderação, além de que as pessoas façam atividades físicas regulares, para controle da obesidade e outros problemas associados.


Fonte: Boa Saúde

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Musculação para adolescentes


Este tema tem sido tratado de maneira inadequada em nossa imprensa, com matérias exagerando os riscos do treinamento com pesos para adolescentes. Desta maneira, muitos jovens podem estar sendo afastados de uma atividade física que como qualquer outra é promotora de saúde e aptidão.

Inicialmente deve ser esclarecido que os riscos do treinamento com pesos para crianças e adolescentes já estão bem estabelecidos em literatura científica e são menores do que em muitas outras atividades físicas consideradas seguras. Atualmente não se admite mais que afirmações e condutas sejam baseadas em hipóteses teóricas, sem a preocupação de buscar fundamentação em resultados de trabalhos científicos, ou pelo menos nas impressões pessoais de quem tem experiência na área.


 Esses resultados ou impressões são as chamadas "evidências" ou seja, respostas da natureza que podem indicar com mais segurança onde está a verdade. Não existem evidências de que a musculação para adolescentes seja muito perigosa. Como em toda atividade física alguns riscos existem, mas são poucos e facilmente evitáveis.


Uma das afirmações mais comuns encontradas em publicações não especializadas é a de que o desejo dos adolescentes aumentarem a massa muscular é anormal ou patológico. Não conhecemos estudos de psicologia que justifiquem essa afirmação. A impressão de muitos profissionais envolvidos com jovens praticantes de musculação é que não existe nada de anormal com esses adolescentes.


Nossa opinião pessoal é de que a auto-afirmação entre adolescentes é uma necessidade mais do que um desejo. Nesse sentido, a única preocupação que os adultos devem ter com esses jovens é no sentido de evitar que essa necessidade seja canalizada exclusivamente para uma área, seja esportiva ou intelectual, em detrimento de uma formação global do indivíduo.

O prejuízo ao crescimento estatural dos adolescentes praticantes de musculação é freqüentemente apresentado como um risco do que chamam de "excesso de musculação". Não há como definir o que seja "excesso de musculação". O desempenho atlético em geral parece ser diretamente proporcional à massa muscular, e para os padrões estéticos de muitos, quanto mais músculos, melhor.


Na realidade, excesso de treinamento é o que deve ser evitado. Atividade física excessiva de qualquer tipo pode diminuir a produção dos hormônios sexuais, o que é um dos indicadores da situação conhecida como "over-training". Nessa situação, o ganho de massa muscular diminui, pode ocorrer atraso no desenvolvimento das características sexuais secundárias, mas o que acontece com o crescimento estatural dos adolescentes não é conhecido.


Uma das possibilidades é que ocorra um aumento da estatura, pois os hormônios sexuais fecham as epífises ósseas. Na musculação, todos os técnicos e professores bem formados sabem que o excesso de treinamento deve ser evitado para que possa ocorrer aumento adequado de massa muscular. Assim sendo, excesso de treinamento não é comum na musculação, sendo muito mais freqüente em outras atividades esportivas ou mesmo recreacionais.
O treinamento para hipertrofia também tem sido apontado como indesejável para adolescentes com a justificativa de que pode produzir lesões ou mesmo doenças. No entanto, não há evidências de que o treinamento para hipertrofia esteja associado com prejuízos para a saúde. A tendência atual é utilizar treinamento para hipertrofia para todos os objetivos da musculação.

Força, potência e resistência musculares são qualidades de aptidão inseparáveis do aumento em volume dos músculos esqueléticos. O aumento da taxa metabólica e uma melhor capacidade homeostática bioquímica dependem diretamente da massa muscular. Os exercícios com baixas repetições oferecem a melhor associação de qualidades possíveis de serem estimuladas pela musculação, além de maior segurança cardiovascular. Por essas razões, pessoas idosas, debilitadas e convalescentes estão atualmente sendo orientadas em treinamento para hipertrofia. Não há evidências sugestivas e não é sensato imaginar que adolescentes não possam fazer o que fazem os idosos.

Algumas lesões podem ocorrer na prática da musculação, mas não são frequentes. Nos EUA, onde 45 milhões de pessoas se exercitam regularmente com pesos, menos de 1% das consultas médicas em serviços de emergência são devidas a lesões em treinamento com pesos. Além disto, a maioria das lesões ocorrem nos levantamentos de peso competitivos e não no treinamento com pesos.


Lesões graves das epífises ósseas e fraturas são muito raras. Estatísticas mostram que lesões como as distensões de músculos e ligamentos podem ser precipitadas pelo uso de cargas excessivas, treinamento mal orientado e equipamento mal projetado. Cargas excessivas em musculação são aquelas que impedem a execução correta dos movimentos, sendo a sua utilização um erro técnico primário, detectado por qualquer instrutor.


Ao contrário, esforços excessivos são freqüentes e inevitáveis em atividades como o futebol e outros jogos com bola. Tais esforços produzem as mesmas lesões encontradas na musculação, com muito mais freqüência, e a mídia não parece estar preocupada com elas.

Praticantes de todas as modalidades esportivas também costumam frequentar academias de musculação, e se muitos deles apresentam lesões, isto não significa que tais lesões tenham sido produzidas pelo treinamento com pesos.


Na verdade, o treinamento com pesos pode ser terapêutico para muitas lesões esportivas, e também profilático. Esportistas em geral, incluindo crianças, apresentam menor incidência de lesões em suas modalidades quando estão protegidos pelo fortalecimento muscular induzido pelo treinamento com pesos.


A elasticidade dos músculos submetidos ao treinamento para hipertrofia aumenta, ao contrário de afirmações que às vezes encontramos, e não há evidências de que as articulações possam ser prejudicadas por qualquer mecanismo. Os tendões são fortalecidos pelo treinamento para hipertrofia, e as rupturas às vezes apresentadas por atletas em esforço máximo são, provavelmente, devidas ao uso de anabolizantes. Também não existe a mais remota evidência de que lesões cardíacas possam ser atribuídas ao treinamento com pesos, com ou sem excessos.
Outro erro comum é confundir suplementos alimentares com drogas anabolizantes, ou imaginar que a utilização de suplementos possa ser o primeiro passo em direção às drogas. A impressão da maioria dos profissionais envolvidos nessa questão é que os suplementos podem afastar os praticantes das drogas, por satisfazerem a necessidade psicológica que algumas pessoas têm de utilizar algum "aditivo" ao treinamento.


 Esses produtos são alimentos industrializados que têm a qualidade de trazer praticidade para a alimentação dos esportistas, embora as suas apresentações em pó, comprimidos, líquidos concentrados ou cápsulas lembrem remédios. Não existem evidências de prejuízos reais à saúde decorrentes do uso sensato de suplementos alimentares.


O maior risco para a saúde dos esportistas em geral é a tentação do uso de drogas que possam favorecer o desempenho ou os resultados do treinamento. Entre essas, as mais utilizadas são os esteróides ou andrógenos anabolizantes.


Entre seus efeitos estão a hipertensão arterial, dislipidemia, aterosclerose, tromboses, infartos cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, hemorragias digestivas, gangrenas, esterilidade, hipogonadismo, hepatite, degeneração hepática, estímulo para alguns tipos de tumores, agressividade excessiva e depressão grave.


Fato inegável é que muitos praticantes de musculação são usuários dessas drogas, mas deve ser lembrado que em outras áreas esportivas os mesmos produtos são amplamente utilizados. Apesar disto, não se pode condenar o esporte em função de que muitos de seus adeptos utilizam drogas. Também muitos são os exemplos de homens e mulheres que redefiniram suas vidas no sentido da saúde em função da prática esportiva.


Todos os setores da nossa sociedade estão permeados pela utilização de drogas em geral, seja por razões de estímulo para produção artística e intelectual, desempenho físico ou simplesmente prazer. Esse panorama inclui o tabaco e o álcool, responsáveis por muitas doenças, mortes e dramas sócio-familiares.


As drogas constituem hoje uma das mais sérias ameaças à saúde das pessoas, e nesse sentido, a promoção de um estilo de vida saudável pode ter efeito antagônico ao problema. A musculação tem a qualidade de cativar as pessoas, e a adolescência é uma época em que as experiências de vida são particularmente marcantes. Assim sendo, desestimular os jovens da prática da musculação pode significar a perda de uma forte motivação para o caminho da saúde física e mental.



Fonte: Saúde Total

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Câncer de próstata atinge obesos com mais agressividade


Homens obesos diagnósticados com câncer de próstata podem aumentar suas chances de sobreviver se perderem peso, avaliam especialistas envolvidos em duas pesquisas realizadas nos Estados Unidos.


A descoberta dos dois estudos, realizados em cerca de 4 mil homens, é que o câncer na próstata atinge homens obesos de maneira muito mais agressiva.
A doença também é mais propensa a voltar nos indivíduos acima do peso.

Os estudos foram publicados na revista científica Journal of Clinical Oncology.

Na primeira pesquisa, Christopher Amling, do Centro Médico da Marinha em San Diego, na Califórnia, examinou dados de 3.162 homens com câncer na próstata. Desses, 19% eram obesos.

A pesquisa mostrou que os homens obesos apresentavam formas mais agressivas de tumores e maior índices de reincidência.

No segundo estudo, cientistas da Universidade de Baltimore examinaram dados de 1.106 homens, 22% dos quais eram obesos.

Os obesos também correm 60% mais riscos de reincidência, segundo os pesquisadores.

Segundo os cientistas, os homens obesos apresentam níveis mais baixos do hormônio masculino testosterona e índices mais elevados do hormônio feminino estrogênio, previamente associado ao desenvolvimento de vários tipos de câncer.

"A função primária da obesidade no câncer de próstata ainda não é claramente definida, mas esperamos avaliá-la mais. Eu aconselharia os pacientes a se manterem dentro de um peso limite diante da possibilidade de desenvolverem tumores mais agressivos", disse Amling.


Fonte: BBC Brasil