segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Quimioembolização Hepática

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Os tumores de fígado têm como etiologias principais a cirrose causada por álcool ou a contaminação por Vírus B e C.

A Radiologia Intervencionista tem atualmente um papel fundamental quando discutimos os tumores de fígado. Esses tumores são preferencialmente nutridos pela artéria hepática. Como o fígado é nutrido preferencialmente pela veia Porta podemos embolizar ("entupir") a artéria hepática sem prejuízo para o resto do órgão. 

O objetivo da quimioembolização é, não só cortar o suprimento de sangue do tumor, como também envenená-lo com quimioterápicos. O resultado é uma diminuição do tamanho do tumor e de sua velocidade de crescimento, possibilitando ao doente aguardar a fila do transplante ou mesmo ser submetido à retirada do tumor. 72% dos pacientes submetidos quimioembolização sobrevivem por 1 ano e mais de 60% por 2 anos.

Além disso a quimioembolização hepática tem como objetivo aumentar a perspectiva de vida e melhorar sua qualidade naqueles pacientes em que a quimioterapia convencional não apresentou resultados satisfatórios e não há indicação cirúrgica.

Qual o objetivo da quimioembolização?
  • Diminuindo-se o fluxo de oxigênio e nutrientes para o tumor, ocorre a sua necrose.
  • A injeção de drogas quimioterápicas diretamente nos vasos que irrigam o tumor, aumentam as suas concentrações locais com menos efeitos colaterais sistêmicos.
  • Maior tempo de ação dessas drogas localmente.
  • Maior penetração das drogas no tumor.
Quando está indicado a quimioembolização?
  • Nos pacientes com tumores pequenos que estão aguardando o transplante.
  • Nos pacientes com tumores pequenos que tem indicação cirúrgica de ressecção, como pré-operatório.
  • Nos pacientes com tumores únicos maiores que 5 cm ou  mais de 3 nódulos maiores que 3 cm.
  • Em tumores extensos que ocupem menos de 50% do volume do fígado.
Saiba mais:
http://henriqueelkis.com.br/quimioembolizacao-hepatica.asp 

Embolização de Mioma Uterino


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Especialistas falam sobre tumor que atinge metade das mulheres no Brasil.

Um tipo de tumor benigno encontrado na parede ou no colo do útero atinge milhares de mulheres de maneira silenciosa e indolor: o mioma uterino. Este tumor benigno atinge cerca de 50% das mulheres entre 30 e 50 anos. 

O tumor não cancerígeno pode apresentar tamanhos variados, que pode ser semelhante ao um grão de feijão e chegar até o tamanho de uma bola de basquete. Nos casos mais raros e severos, a mulher pode aparentar uma “falsa gravidez”, por causa da dilatação do abdômen. 

O mioma quando diagnosticado deve receber tratamento adequado para não influenciar negativamente na saúde da mulher. Para sanar as dúvidas que envolvem este tema.

1- O que é mioma? Quais os tipos? 
O mioma é um tumor não cancerígeno no útero. Tumor é qualquer coisa que cresce em local anômalo e, portanto, os miomas podem ser chamados de tumores “benignos”. A genética e os hormônios estão entre as principais causas da disfunção. O problema pode ocorrer em diferentes partes do útero e causa diversos problemas para mulher. Os miomas se dividem em três grupos: os subserosos que permanecem do lado de fora do útero, os intramurais que estão localizados na musculatura do útero, e os submucosos que estão dentro da cavidade do útero. 

2- Como eles se desenvolvem e manifestam? Quais os sintomas? Como diagnosticar? 
A causa do aparecimento dos miomas é genética e o crescimento deles se dá, na grande maioria das vezes, por ação do estrógeno, hormônio produzido no ovário da mulher em idade reprodutiva. Os sintomas são cólicas fortes, menstruação prolongada ou sangramento irregular. Quanto ao diagnóstico, ele é realizado através de exames de imagem como o ultrassom e a ressonância magnética. 

3- Quais os tratamentos mais indicados? Tudo dependerá do tamanho e localização do mioma. Mas, em geral, o tratamento é cirúrgico. 

4- Em quais casos é recomendado o procedimento cirúrgico? Em casos de miomas submucosos (dentro do útero), sempre se recomenda a retirada do mioma por histeroscopia (uma cirurgia na qual colocamos uma câmera de vídeo por dentro do útero, sem cortes externos). No caso dos demais miomas (intra-murais e subserosos), a cirurgia estará reservada aos casos com muitos sintomas ou em miomas de grande volume. 

5- Há tratamentos que “secam” o mioma? Como atuam sobre esse tumor? 
As medicações que diminuem o tamanho do mioma podem ser usadas, mas sempre antes de um procedimento cirúrgico, para diminuir o nódulo e ajudar na cirurgia. 
Além das medicações (que induzem a um estado semelhante a uma menopausa), outro tratamento é a embolização dos miomas, cujo um cateter é colocado até a artéria que irriga o mioma onde é realizada uma embolização daquele vaso, ou seja, é interrompido o fluxo de sangue para o mioma e com isso há redução do tumor, evitando a cirurgia em alguns casos. No entanto, este tratamento é indicado principalmente para mulheres com contra-indicações cirúrgicas ou que já tiveram filhos e não desejam mais ter filhos. 

6- Toda mulher pode desenvolver mioma? 
Sim. Após os 50 anos de idade a chance de ter um mioma é de 50% entre as mulheres. 

7- Independente do tipo de mioma, ele pode virar um câncer? A chance de virar um leiomiossarcoma (o tumor maligno) é de 0,3 a 0,5%. 

8- Este tipo de tumor pode interferir na fertilidade? 
Pode, dependendo da localização. Nesses casos, quando forem submucosos ou intramurais de grande volume ou localizados perto das trompas, devem ser operados. 

9- Há algum tratamento preventivo? O aparecimento dos miomas pode ter origem genética? 
Infelizmente não existe nenhum tratamento preventivo. A transmissão é genética. 

10- Quando e por que o mioma pode levar à retirada do útero? 
Atualmente, somente se retira o útero em mulheres que já não pretendem mais ter filhos e com miomas de grande volume ou muito sintomáticos. Por exemplo, mulheres com úteros aumentados semelhantes a gestações de 5 meses para cima tem indicação para a retirada do útero.